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O desenvolvimento humano, físico e psicológico, nos obriga a aceitar a mudança como uma das únicas certezas que temos. Em toda nossa trajetória de vida existem marcos do crescimento e todos envolvem perdas, ganhos e transformações. Nossas perdas incluem a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade, poder e segurança – e a perda do nosso próprio eu jovem, o eu que se julgava para sempre imune a rugas, regras, invulnerável e imortal.
Com isso, criamos também uma nova forma de enxergar a vida, criamos novas expectativas, novos planos e novas ilusões. E é aí que está a beleza do crescer.
Escolhi esse poema para complementar esse tema: VERBO SER 🫶🏻
Que vai ser quando crescer? vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
✨Carlos Drummond de Andrade ✨